Entenda o Escândalo do Grande roubo em Fábrica de Pokémon TCG
Os roubos das fábricas de impressão de Pokémon tornaram-se uma tendência notável durante a pandemia. Funcionários em dificuldades pegavam algumas cartas da linha de produção e as vendiam no mercado O post Entenda o Escândalo do Grande roubo em Fábrica de Pokémon TCG apareceu primeiro em NintendoBoy.

Os roubos das fábricas de impressão de Pokémon tornaram-se uma tendência notável durante a pandemia. Funcionários em dificuldades pegavam algumas cartas da linha de produção e as vendiam no mercado negro, na esperança de lucrar com a crescente popularidade da carta. É fácil de pensar como funciona: quanto menos daquela carta for tirada nos boosters, mais escassa ela se torna. Quanto mais escassa, mais valor monetário ela vai ter. Então por ser dono dessas cartas que supostamente não existem, você basicamente está rico.
Nota: Antes de mais nada, um breve disclaimer aqui: Esse texto é uma tradução expandida de matérias originais da Pokébeach, que eu incluí novas informações e opiniões, mas principalmente agreguei os posts referentes ao tema em um texto único. Portanto, vocês verão entrevistas recortadas referidas a eles, ok? Se seu inglês está em dia, confira a página especializada em Pokémon TCG.
É por isso que fotos de cartões não revelados começaram a vazar nas redes sociais em 2020. Às vezes, os ladrões roubavam até dos centros de distribuição, muito depois de as fábricas enviarem o produto completo. Ou seja, não é a primeira vez que isso acontece.
A TPCi e seus parceiros despacharam investigadores para “tapar os vazamentos”, descobrir o que diabos estava acontecendo, e quem eram os indivíduos. Não é mais tão fácil ser anônimo na internet, né?
Em abril, o maior roubo de Pokémon de todos os tempos veio à tona nas redes sociais. Começou a circular uma foto de milhares de cartões raros secretos da coleção Fusion Strike (Golpe Fusão) que foram roubados de uma fábrica em 2021. A foto na verdade vazou de uma investigação interna que começou em setembro de 2021 e foi concluída em janeiro de 2022, mas só veio a público no último mês.
As cartas Fusion Strike roubadas saltaram entre algumas mãos antes de finalmente serem oferecidas a uma loja no Texas chamada Trading Card World, confira o depoimento deles ao PokéBeach:
—“Fomos abordados por um indivíduo perguntando se estávamos interessados em comprar cartas raras do set”.
Ao verem que o vendedor oferecia milhares das cartas mais raras da coleção, perceberam que seria impossível para um consumidor comum obter uma quantidade tão concentrada delas.
Aqui voltamos ao que falei no início sobre oferta e demanda. Automaticamente ele estaria novamente inundando o mercado com um produto escasso. Ou seja, ele deixa de ser escasso. Pense em você como o dono da loja, ia comprar caro, e ia ter um monte delas para vender, o que leva a diminuir o preço. Complicado.
“O vendedor explicou sua conexão com sua fonte e imediatamente contatamos a TPCi por meio dos canais apropriados”, afirmou a loja. A TPCi abriu uma investigação e um investigador particular saiu voando para pegar os cartões na loja, como você pode ver na foto. A Pokémon Company expressou à loja que “foi a maior devolução de propriedade roubada até hoje”, e concluiu sua investigação em janeiro de 2022, o que provavelmente significa que eles identificaram o ladrão original.
Os fãs que acabaram de ver a foto presumiram que os cartões roubados devem ter afetado suas taxas de retirada do Fusion Strike. Mas isso atualmente não pode ser provado e provavelmente é improvável.
Como é a produção das cartas? Como fariam para roubar nessa etapa?
As cartas parecem ter sido roubadas durante a fase de produção quando são guardadas em caixas. As raras secretas são impressas separadamente das outras cartas por causa de sua textura são, e impressas em grandes folhas, cortados em cartões individuais e armazenados em longas caixas brancas. Pelo menos cinco dessas caixas brancas são embaladas em uma caixa de papelão que é enviada para máquinas que separam as cartas em boosters. A máquina carrega diferentes caixas de cartas em cada booster, dependendo de sua raridade (você verá que as caixas são rotuladas por raridade abaixo). Imaginamos que as máquinas de classificação alertam os trabalhadores quando estão acabando com certas raridades, o que significa que os pacotes não deveriam ter escapado da fábrica sem a taxa adequada de itens raros secretos. Caso contrário, seria comum que faltassem cartas nos pacotes.
No caso das coleções brasileiras, e não só no Pokémon TCG, mas por exemplo também no Yugioh, a taxa de cartas raras, ultra raras, e secretas por box é fixa. Se não por box, por case (conjunto de X boxes, a depender do jogo), ou seja, se de fato essas cartas tivessem só evaporado da linha de produção sem ninguém notar (incluindo os sistemas de computador que embalam os pacotinhos), a taxa de pull dessas raridades teria sido alterada, e muitos teriam notado e reclamado perante a publicadora.
As fábricas também pesam cada booster. Isso não apenas garante que os pacotes tenham a quantidade adequada de cartões, mas também para que eles saibam qual cartão de código inserir nos pacotes. Os raros secretos são mais pesados do que um cartão normal, então cartões de código mais leves são colocados nos pacotes para compensar a diferença de peso. (Isso evita o peso da embalagem no mercado de reposição).
Pra mim essa ideia é tão simples e genial que eu de fato fiquei muito impressionado. Portanto, é improvável que embalagens com pesos inadequados tenham saído do chão de fábrica, muito menos em uma balança grande o suficiente para impactar toda a tiragem. Existem vários freios e contrapesos em vigor.
Mesmo que os cartões roubados diminuam as taxas de retirada, o Pokémon imprime bilhões de cartões por ano. O roubo ocorreu em uma fábrica. Durante uma tiragem, o Pokémon produz quase 27 milhões de cartas por dia. Portanto, é improvável que o roubo tenha causado problemas em uma escala perceptível, se é que causou. Foi só um grão de areia na praia de Copacabana.
Na verdade, alguns dias depois da postagem dessa notícia, a TPCi postou uma declaração atualizando seu público sobre o caso:
“Levamos muito a sério a proteção de nossa propriedade intelectual e produtos associados. Este assunto continua sob investigação e não podemos comentar detalhes neste momento. No entanto, podemos confirmar que os boosters e produtos Sword & Shield foram enviados para o varejo conforme planejado e não temos nenhuma indicação de que a integridade dos produtos foi afetada por qualquer roubo confirmado ou não confirmado. Além disso, continuamos a investir significativamente na produção e na segurança do nosso negócio TCG. Valorizamos a fé que nossos fãs depositam em nós e em nossos produtos, e esses investimentos visam nos ajudar a continuar mantendo sua confiança”.
Moral da história, Fusion Strike era realmente uma coleção difícil de tirar coisa boas (quase dá saudade do short print, risos)
Esta não é a primeira vez que cartas raras de Pokémon são roubadas em massa (nem será a última, infelizmente). Sabemos desde EX Unseen Forces de 2005 que cartões raros às vezes eram roubados das fábricas, como você pode ver abaixo.
Pokémon é uma franquia popular, então é provável que apareçam algumas tretas dessas de vez em quando. Também sabemos que os ladrões não são os mais espertos, nem os que mais conhecem Pokémon. Isso explica por que eles não entenderam que você não pode simplesmente aparecer em uma loja com milhares das cartas mais raras sem levantar suspeitas.
Como de costume, a The Pokemon Company nunca comenta situações como essa, então é improvável que eles façam qualquer tipo de declaração.
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